sábado, 7 de abril de 2012

Incógnita

Eu sou o termo independente da sua equação...
A base do meu cálculo é minha fé
Minha vida não precisa de uma razão geométrica
Mas tento fazer dela uma progressão...

Meu resultado faz parte do conjunto dos números imaginários
Sou complexo demais para você entender...
Sou humano e não uma equação matemática
Em que você insiste em tentar resolver...

Todas as suas respostas sobre mim estarão erradas
E você nunca conseguirá chegar a um resultado aproximado
Não sou algo que possa ser arredondado
Minha condição de existência não pode ser fracionada...

Minha matriz é minha casa, onde sou bem-vindo
Não há fórmulas para calcular meus pensamentos...
Todas as formas geométricas não molduram meu instinto
Não há divisão exata para o que eu faço com o meu tempo...

Me multiplique, me eleve ao que você quiser
Mas você não vai conseguir subtrair de mim o que eu tenho...
Porque tudo o que eu tenho é incalculável e está guardado
E você não poderá mudar o valor disso para mim...

Não existe alternativa certa ou errada
Não existem leis ou regras para se chegar à minha estrada...
Teoremas pra quê? Se o que importa é infinito...
Deduções não chegarão a nenhum valor preciso...

Então resolva suas incógnitas
E tente não viver em função só de você...
Tudo muda e não há uma solução para o desconhecido...
Atribua seus próprios valores ao seu x, y e z.

Me multiplique, me eleve ao maior expoente possível
Mas não retire do parênteses o que ficou...
Na minha vida, o que sobrou é o que me importa
E nada mais terá sentido... Ou valor...

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